Abstract

No Brasil, em 2010, foi implantada a Lei 11274/06 que antecipou o acesso de crianças de 7 para 5 a 6 anos ao Ensino Fundamental. Com a hipótese de que os novos primeiros anos não atendiam às características dessas crianças, investigou-se, na cidade de São Paulo, em escola pública e privada, o processo ensino-aprendizagem, confrontando-o com uma concepção de criança baseada em Piaget, Vygotsky e Wallon. De natureza exploratória e de preocupação prática, os dados empíricos foram obtidos por meio de observação das classes de 1º ano, entrevista com suas educadoras e análise documental do Projeto Pedagógico das escolas, no modelo da pesquisa qualitativa. Revelou-se que a escola privada considerou a criança em sua singularidade e a pública, não. Nesta, o ensino acorreu desarticuladamente aos interesses e necessidades da faixa etária, o que implicou a perda da participação e satisfação da criança com as atividades pedagógicas, o que significa um prejuízo na qualidade educacional, que deveria manter a criança dentro da escola, conforme o objetivo da lei em pauta.